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Menos cravo e menos banana: Essa weissbier ficou um pouco aquém do esperado quanto aos sabores e aromas de banana e cravo, típicos do estilo. Esses sabores característicos são gerados na fermentaçao, a partir da produção pelo fermento de diferentes tipos de ésteres e fenóis que lembram banana e cravo, respectivamente. Nas cervejas de trigo, costuma-se usar linhagens de fermento específicas para o estilo, que são selecionadas por sua especial aptidão para produzir esses compostos. Além disso, durante o processo de cozimento, uma parada em torno de 45º facilita a produção de um composto chamado ácido ferúlico, que será utilizado pelo fermento para dar origem àqueles desejados aromas. Pois bem, algo houve no nosso processo que impediu que o fermento agisse como fora esperado. Uma das hipóteses é que a maturação a 0º, a qual nunca havíamos utilizado em cervejas de trigo, possa ter sido responsável por isso. Há que se estudar.
Acidez, uma nova presença: A principal diferença dessa weiss em relação às outras que já fizemos, além da maturação a 0º, foi a adição de malte acidificado na receita, indicada em um livro de receitas fornecido pela fermentis, fabricante de fermentos. Pudemos perceber no sabor final dela a presença de uma acidez que é novidade para nós, e que provavelmente se deve àquele malte. Essa acidez deixou a cerveja com um quê de refrescância bem interessante, e parece que vem bem para balancear uma certa tendência das weiss a ficarem um pouco enjoativas. Caberia muito bem também para uma cerveja de verão. Enfim, novidades e muito que aprender com essa que parece, afinal, uma boa cerveja de trigo. Mas esperemos ainda as próximas semanas, em que ela vai ficar refermentando na garrafa a 20º, para descobrir que outras surpresas nos reserva ainda essa weissbier.
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Ajuste da temperatura: mais uma fermentação. |
Hoppy Fairy Tales: Enquanto trabalhávamos, experimentamos também uma IPA que havia sido engarrafada em 12 de Março, que pode ser descrita bem precisamente como DELICIOSA! Acabou não ficando bem no estilo, é verdade. Fomos prudentes na lupulagem, mais do que se deve ser em uma IPA, o que deixou ela mais com jeitão de American Pale Ale, ou algo que o valha, do que propriamente de IPA, e rendeu-lhe o carinhoso apelido de IPA de faz-de-conta. Mas o dry-hop com lúpulo hallertauer tradition fez sua função, dando a essa cerveja um aroma de lúpulo muito agradável. Para finalmente acertarmos uma IPA vamos precisar ainda de alguns ajustes, e talvez um pouco mais de ousadia na lupulagem, mas com certeza na IPA de faz-de-conta nós já mandamos muito bem
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Weiss envasada e "devidamente rotulada" |